'Quem faz gestão com planilha de Excel vai morrer', afirma Juliana Felmanas, sócia e uma das cabeças estratégicas da farmacêutica Cimed

Juliana Cintra, sócia da farmacêutica Cimed, defende uma revolução na forma de liderar equipes e conduzir negócios no Brasil.

FelmanasJuliana aborda os desafios de modernizar a gestão empresarial no Brasil e a importância da cultura organizacional. (Foto: Divulgação)

Com o dinamismo de quem vê oportunidade em cada nova tecnologia, Juliana Felmanas, sócia e uma das cabeças estratégicas da farmacêutica Cimed, está à frente de um movimento de transformação dentro da companhia. Em um mercado tradicional e regulado como o farmacêutico, ela aposta que inovação não se faz apenas no laboratório, mas também na cultura, nos processos e, principalmente, na liderança. Em entrevista exclusiva, Juliana aborda os desafios de modernizar a gestão empresarial no Brasil, a importância da cultura organizacional como vantagem competitiva e os aprendizados adquiridos ao longo da jornada empreendedora.

A executiva acredita que as empresas que ainda operam com processos engessados e liderança autoritária estão com os dias contados. “Liderança para mim é estar a serviço”, afirma. Sob sua direção, a Cimed passou por uma reestruturação profunda que envolveu a implementação de rituais de governança, investimento em tecnologia e um olhar humanizado para o time. O resultado é uma companhia mais ágil, integrada e voltada ao crescimento sustentável.

Como a Cimed transformou sua gestão nos últimos anos?

Começamos por redefinir o papel da liderança. Não acredito em comando e controle. Criamos uma estrutura de governança mais horizontal e implementamos rituais que garantem que todas as áreas estejam conectadas e alinhadas com o propósito da empresa. A liderança precisa estar a serviço do time, não o contrário.

O que você quer dizer com “quem faz gestão com Excel vai morrer”?

Empresas que não adotarem ferramentas tecnológicas de verdade, que tragam dados em tempo real, que gerem insights de gestão, estão fadadas à estagnação. Não dá mais para tomar decisões estratégicas com base em planilhas manuais. A tecnologia é um braço da liderança.

Qual o papel da cultura nesse processo de inovação?

Cultura é a única vantagem competitiva que ninguém pode copiar. Você pode copiar produto, preço, canal... mas cultura não. Na Cimed, criamos um ambiente onde as pessoas querem estar, onde elas têm voz, protagonismo e liberdade para errar e aprender.

E quanto aos desafios?

Transformar uma empresa com mais de 4 mil funcionários não é simples. Exige persistência, clareza e principalmente constância. A gente erra, ajusta e segue. O maior erro é não tentar.