Reino Unido prevê novos bombardeios entre Irã e Israel e nega envolvimento em ofensivas

O governo do Reino Unido afirmou, nesta segunda-feira, 16, que espera mais bombardeios nos próximos dias no conflito entre Israel e Irã. Em discurso ao Parlamento britânico, o ministro das Relações Exteriores, David Lammy, classificou o momento como "de extremo perigo para a região" e reforçou o apelo para que os dois países recuem e "evitem se aprofundar ainda mais em um conflito catastrófico cujas consequências ninguém pode controlar".

A declaração ocorre após uma nova rodada de ataques de ambos os lados. Lammy reforçou que "o Reino Unido não participou das ofensivas contra o Irã" e que, embora apoie o direito de defesa de Israel, a prioridade britânica neste momento é a redução das hostilidades.

O britânico afirmou que "nenhuma ação militar pode pôr fim às capacidades nucleares do Irã" e que a saída para o impasse passa por diplomacia. "Nos últimos dias, tenho falado com ministros de Israel, Irã, Arábia Saudita, EUA, França, Alemanha, Turquia e outros países em busca de espaço para uma saída negociada do programa nuclear iraniano."

O Reino Unido também anunciou o envio de equipes de emergência ao Egito e à Jordânia para auxiliar cidadãos britânicos na região e atualizou seu alerta para que todos evitem viagens a Israel e Irã. "Há centenas de milhares de britânicos vivendo na região", lembrou Lammy, advertindo ainda para o impacto global da crise. "Com o Irã sendo um dos principais produtores de petróleo e um quinto do consumo mundial passando pelo Estreito de Hormuz, um conflito em expansão traz riscos reais à economia mundial."