Abu Dhabi é eleita a cidade mais favorável do mundo para quem quer pagar menos imposto

Estudo global revela onde a tributação pesa menos e a infraestrutura jurídica protege melhor o patrimônio em um cenário de pressão fiscal crescente.

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Abu Dhabi aparece no topo da lista por combinar imposto de renda zero, custos relativamente baixos de transferência de propriedade e forte infraestrutura legal. (Foto: Freepik)

Abu Dhabi, Dubai e Singapura lideram o ranking global das cidades com os regimes fiscais mais favoráveis para indivíduos de alta renda, segundo o Wealth Report 2025, elaborado pela plataforma de migração internacional Multipolitan. O estudo avaliou 164 jurisdições com base em impostos sobre renda, herança, ganhos de capital e patrimônio, além de critérios de governança e infraestrutura jurídica.

Abu Dhabi aparece no topo da lista por combinar imposto de renda zero, custos relativamente baixos de transferência de propriedade e forte infraestrutura legal. Na segunda posição, Dubai oferece conectividade internacional ampla e um ambiente regulatório considerado claro e previsível. Já Singapura, mesmo sem adotar isenção total de tributos, figura em terceiro lugar graças à sua responsabilidade fiscal, estabilidade política e ambiente de negócios confiável.

A publicação, intitulada The Taxed Generation ("A Geração Tributada"), apresenta dados que ajudam indivíduos e famílias de alta renda a tomar decisões estratégicas sobre onde morar, investir e proteger seu patrimônio em meio a uma crescente pressão fiscal global.

“Preservar riqueza hoje exige mais do que investir com inteligência, exige uma geografia inteligente”, afirma Dan Marconi, Head de Parcerias da Multipolitan. Ele destaca que o relatório serve como ferramenta prática para quem busca estabilidade e proteção patrimonial na próxima década.

Além do índice tributário, o relatório apresenta outros dois rankings: o Índice de Preservação de Riqueza 2015–2025 e o Índice de Cidades Inteligentes e Sustentáveis (SSCI) 2025.

No primeiro, Zug (Suíça), Hong Kong e Basileia (Suíça) foram apontadas como as cidades que melhor preservaram o poder de compra individual ao longo da última década, mesmo em cenários de crise. A análise levou em conta fatores como estabilidade cambial, exposição à inflação, valorização de ativos e qualidade de vida.

“Zug lidera principalmente devido ao conservadorismo monetário e à neutralidade legal da Suíça, que proporcionaram uma década de proteção consistente ao capital”, afirma Marconi. Segundo ele, Hong Kong e Basileia se destacaram por sua resiliência diante de choques econômicos globais e instabilidades locais.

Já o índice de cidades inteligentes e sustentáveis avaliou critérios como resiliência climática, infraestrutura digital e estabilidade política. Wellington, na Nova Zelândia, ficou em primeiro lugar por seu planejamento urbano, segurança ambiental e baixa exposição a desastres naturais. Copenhague (Dinamarca) aparece em segundo, com forte presença digital e governança transparente. Singapura foi a única cidade a figurar entre os três primeiros dos dois rankings, confirmando seu papel como centro financeiro e exemplo de política urbana voltada ao futuro.