Ambipar abastecerá frota de veículos com etanol produzido a partir de resíduos alimentares

Multinacional brasileira transforma resíduos da indústria alimentícia em etanol, que abastecerá parte da frota de veículos corporativos.

 

Ambipar_AlcoolPosto é o primeiro a ofertar tanol produzido a partir de resíduos da indústria alimentícia. Iniciativa vai abastecer a frota de veículos leves da companhia. (Foto: Divulgação)

A Ambipar, líder global em soluções ambientais, inaugura o primeiro posto de combustíveis com oferta de etanol produzido a partir de resíduos da indústria alimentícia, resultado do projeto Ambiálcool. Localizado em Nova Odessa, no interior de São Paulo, o posto abastecerá a frota de veículos leves da companhia e conta com a logomarca própria, junção das palavras Ambipar e álcool.

O projeto Ambiálcool foi concebido em 2021, no auge da pandemia de covid-19. Após resultados positivos a partir de testes com resíduos de açúcar varridos no Porto de Santos, a Ambipar passou a produzir álcool proveniente de sobras do processo produtivo e controle de qualidade como balas, chocolates, biscoitos, macarrões, pães, entre outros.

Cada tonelada desses resíduos, desde que tenha alto teor de açúcar – acima de 35% de Brix –, pode produzir de 200 a 350 litros de álcool concentrado, processado em fermentadores e destiladores em uma unidade parceira da Ambipar, localizada no interior de São Paulo.

“É um trabalho que valoriza resíduos que podem causar impactos ambientais e de custos, transformando-os em um produto nobre e de alto valor. E quanto mais amido e sacarose tiver o resíduo, mais álcool ele produz”, explica Gabriel Estevam, engenheiro ambiental e diretor corporativo de pesquisa, desenvolvimento e inovação da Ambipar.

Desde o início do projeto, já foram produzidos pelo menos 500 mil litros de álcool, nas versões 46%, destinado à limpeza, e 70%, para higienização, além do etanol. Por mês, a Ambipar processa mais de 500 toneladas de resíduos da indústria de alimentos. “O Ambiálcool é inovador e feito a partir de fontes secundárias. O que é interessante porque o Brasil produz muito álcool a partir da cana de açúcar e estamos utilizando resíduos que geram impactos na sua destinação convencional, que passou por todos os testes de qualidade de órgãos de controle e fiscalização”, destaca o pesquisador.