Momento é de entrada em fundos imobiliários de tijolo, não de saída, diz sócia da Rio Bravo
A sócia e diretora de Investimentos Imobiliários da Rio Bravo, Anita Scal, avalia que o momento é de entrar em fundos de investimento imobiliário (FIIs) de "tijolo", não de sair. Além dos fundamentos dos ativos seguirem positivos, a perspectiva de um ciclo de queda da taxa de juros no Brasil deve levar as cotas dos fundos a se valorizarem e gerar ganho de capital para o investidor.
"Num cenário de juro alto, vemos a fuga dos investimentos de renda variável para a renda fixa, ou seja, vemos oportunidades no mercado, pois o fundamento do tijolo não mudou. Existe recorrência da renda, com distribuição de rendimento mensal isento para pessoa física, de um ativo que está nas melhores regiões. Só que o valor do ativo na Bolsa ou na Cetip está desvalorizado frente ao valor patrimonial, há um desconto", disse Scal, durante painel no evento Women Invest Summit, em São Paulo, na quinta-feira, 11.
A executiva destaca que, a partir do momento em que o mercado começa a enxergar uma inversão do ciclo de juros, as cotas dos fundos passam a se valorizar, e além da renda, o investidor pode conseguir um ganho de capital com a venda das suas cotas. "Então enxergamos um momento de entrada, não de saída", destaca Scal.
Tatyana Wolff Katalan, real estate portfolio manager da Itaú Asset, observa que muitos investidores compram fundos imobiliários apenas de olho nos dividendos, acreditando ser um ativo de renda fixa. "A volatilidade frustra o investidor pessoa física", diz, acrescentando ser importante o investidor saber o que está comprando.
Ela concorda que os fundamentos dos ativos em fundos imobiliários de tijolo estão bons e destaca o segmento de logística. "O segmento de logística está tendo um momento muito positivo. Está no nível mais baixo de vacância historicamente", afirma.