IIF: fluxos de capitais para emergentes atingiram US$ 42,8 bilhões em junho
Os fluxos de portfólio para os mercados emergentes (ME) atingiram US$ 42,8 bilhões em junho, dando continuidade ao sólido impulso observado nos últimos meses e destacando o que se tornou um "cenário ideal" para os ativos de ME, diz o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) em relatório publicado nesta terça, 15.
O alto fluxo reflete a rara combinação de taxas globais mais suaves, dólar mais fraco e fundamentos macroeconômicos dos ME relativamente resilientes, criando um ambiente considerado "nem muito quente nem muito frio para os fluxos de capital", pontua o instituto.
Enquanto isso, os fluxos de dívida dos emergentes totalizaram US$ 32,9 bilhões em junho, um grande salto em relação aos US$ 8,7 bilhões registrados em maio.
A China continuou sendo o principal impulsionador, atraindo US$ 23,8 bilhões, e os mercados emergentes fora de Pequim registraram US$ 9,1 bilhões - uma recuperação significativa em relação aos fluxos negativos anteriores, ressalta o IIF.
"A dívida em moeda local permaneceu particularmente atraente, apoiada pelo dólar mais fraco, alto carry e estruturas de políticas domésticas confiáveis. Os retornos do ano até o momento foram impulsionados pelos ganhos cambiais e pela duração, com moedas como o peso, o real e o won liderando o grupo", acrescenta o relatório.
Enquanto isso, os mercados de dívida em moeda forte registraram uma emissão primária robusta, ressaltando o apetite resiliente dos investidores, mesmo nos segmentos de crédito mais arriscados.