Cresce chance de Fed cortar juros em julho, mas manutenção segue mais provável, aponta CME
O mercado financeiro mantém a aposta majoritária de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) voltará a cortar juros apenas em setembro, mas a chance de uma antecipação do relaxamento monetário para julho vem crescendo, em meio a acenos de dirigentes do banco central a essa possibilidade. A precificação da curva de juros aparece na plataforma FedWatch, do CME.
Pouco antes do fechamento deste texto, a ferramenta indicava 22,7% de probabilidade de o Fed reduzir a taxa básica já na próxima reunião, no mês que vem. Na última sexta-feira, esse cenário aparecia com 14,5%. A ainda majoritária hipótese de manutenção no próximo encontro havia caído de 88,5% para 77,3%.
Mesmo assim, setembro segue como o primeiro mês em que o afrouxamento monetário é mais provável: 80,1% de chance de um alívio, aposta que vem sendo reforçada. Houve um significativo avanço na possibilidade de um corte acumulado de 50 pontos-base até aquele mês, de 9,3% para 16,9%.
Para o final do ano, o mercado ainda vê maior chance de uma baixa total de meio ponto porcentual (39,7%), mas a probabilidade de uma queda ainda mais agressiva, de 75 pontos-base, tem ganhado força, agora em 34,3%.
Os ajustes acompanham declarações de dirigentes do Fed. Hoje, a diretora Michelle Bowman comentou que a instituição pode cortar juros caso a inflação permaneça ancorada nos níveis atuais.