Nº de ataques a ônibus em SP cai, mas força-tarefa policial não elimina vandalismo
Cinco ônibus foram depredados entre a noite desta quinta-feira, 3, e a manhã da sexta-feira, 4, em São Paulo, de acordo com a SPTrans. Os atos aconteceram em todas as regiões da cidade.
Os novos casos indicam queda dos episódios - entre quarta e quinta-feira foram registrados 35 ataques -, mas eles não cessaram totalmente.
Nesta quinta-feira, a Secretaria da Segurança Pública iniciou reforço de policiamento nos corredores, garagens e terminais de ônibus. Desde o dia 12 de junho, as operadoras já somam 247 ônibus vandalizados.
Questionada sobre as novas ocorrências, a Secretaria da Segurança Pública informou que "mobiliza cerca de 7,8 mil policiais e 3,6 mil viaturas em todo o Estado com o objetivo de garantir a segurança de passageiros e funcionários do transporte público".
O órgão diz ainda que "a ação é uma resposta direta aos recentes casos de vandalismo contra ônibus na capital paulista".
De acordo com a Polícia Civil, que contabiliza cerca de 180 atos de vandalismo registrados em Boletins de Ocorrência, 60% estão concentrados na zona sul da capital, principalmente nas avenidas Cupecê, Washington Luís e Vereador João de Luca.
Na Avenida Washington Luís, no Campo Belo, por exemplo, uma mulher de 31 anos ficou ferida após ser atingida por vidros quebrados por uma pedra. O motorista chegou a descer do veículo para tentar identificar o envolvido, mas ele já havia fugido do local.
A Polícia Civil apontou a participação de adolescentes em alguns atos de depredação e vandalismo. A Divisão de Crimes Cibernéticos atua no monitoramento de plataformas digitais, diante da suspeita de que os atos possam estar sendo organizados pela internet.
Nesta sexta-feira, a SSP reafirmou que não há, até o momento, indícios de envolvimento de organizações criminosas.
Ronaldo Sayeg, diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), descartou na quinta-feira que o vandalismo seja uma retaliação ao rompimento de contrato da Prefeitura de São Paulo com as empresas Transwolff e Upbus, por causa da suspeita de ligação com o PCC.